4 de janeiro de 2011

sem título

Olho para a tela que nunca foi pendurada, que está apoiada em cima do órgão. Mal se consegue ler. É irónico ver as partes que começaram a desaparecer. A caneta foi perdendo tinta à medida que escrevias, disseste tu. Mas no fim lá deu mais um bocadinho. O título e o final são, sem dúvida, o que se destaca. Nesse fim destacado, lê-se bem a data, a assinatura, os 3 anos... Mas o amo-te, esse, mal se nota, mal se vê. Pior que isso, mal se sente. Foi das melhores prendas que já recebi na vida, senão mesmo a melhor. Foi das melhores amizades que já tive na vida, senão mesmo a melhor. Curioso, vão as duas pelo mesmo caminho.

P.s.: Sabes que outra palavra se destaca no meio das outras já ilegíveis? "inexplicável"

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