20 de fevereiro de 2011

vida

«(…) E já que fizeste questão de afastar de mim os que eu mais amo, ensina-me a amar os que aqui estão, já que eu tento mas não consigo. E se não fores capaz de me ensinar, ou eu não for capaz de aprender, afasta-os a eles também, que desse modo não os quero comigo. E traz-me os outros, vida, traz-mos, que me fazem falta, tanta falta como a água às plantas ou o alimento aos animais. Porque de todas as pessoas que me trouxeste ao longo de todos estes anos que se arrastaram continuamente desde que nasci, sabes tão bem quanto eu que foram raros os que eu consegui amar de verdade. Traz-mos de volta, que tu sabes que os mereço e desculpa esta passividade que eu não tenho capacidade de abandonar, desculpa se não lhes disse vezes suficientes ou vez nenhuma tudo o que eles mereciam ouvir e mereciam saber, desculpa se deixei que amassem outros sobre mim porque esses outros fizeram mais por isso. Mas devolve-me esses ou afasta-me todos, porque não quero viver num mundo onde não tenho quem realmente importa.»

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