1 de dezembro de 2010

habituei-me, sabes?

Pode ser ingenuidade pura, mas eu acreditava mesmo que éramos diferentes, que éramos a excepção que confirmava a regra, que éramos simplesmente melhores. Mas não, somos tão podres como quaisquer outras. Não consigo fazer nada porque sei que me vou arrepender, não faço por mal, mas é complicado. É complicado falar contigo, é complicado passar por ti. Habituei-me, sabes? Depois de tudo o que disseste mentalizei-me de que tinha acabado, de que nunca mais seríamos amigas. Passei dias a chorar, sim. Passei e ultrapassei.
Queres tentar fazer com que isto resulte? Bora. No entanto, aviso-te já que, quando no passado disseste que eu mudei, não tinhas razão. Mas depois disto tudo vais ter. Porque mesmo que eu quisesse, acho que não conseguia tão depressa dizer que eras a minha melhor amiga ou a minha irmã ou que será para sempre. Falta-me essa capacidade de ser hipócrita e dizer aquilo em que não acredito só para resolver as coisas. Desculpa, sou assim. Mas tu sempre me conheceste e soubeste isto, não é nada de novo, pois não?
Faz-me falta ouvir as tuas histórias. Não as histórias das porcarias que fazes com quem não deves porque sinceramente isso só mancha cada vez mais a imagem que eu tenho de ti e mostra como mudaste. Mas as outras, que me contavas antes, as mais simples. Quero poder contar-te as minhas. E, mais que isso, quero fazer histórias contigo, porque todas as que tenho são de há meses. Pelo menos todas as boas.
[E desculpa estar sempre a escrever sobre ti. Eu sei que toda a gente percebe para quem os textos são, mesmo que eu não ponha o teu nome, mas faz-me bem. Espero sinceramente que não te importes.]

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